VIVÊNCIA
Meliponário
No coração do nosso hotel, temos um meliponário com abelhas sem ferrão, essenciais para a biodiversidade. Este espaço oferece aos hóspedes a chance de aprender sobre a polinização e sua importância para o meio ambiente.
Essas abelhas são seguras, inofensivas e produzem um mel raro, conhecido por suas propriedades medicinais. Ao visitar nosso meliponário, você se conecta com a natureza e leva para casa uma nova perspectiva sobre o equilíbrio ambiental.

MELIPONÁRIO
Abelha Mirim
Plebeia droryana
Abelha rústica e resistente, a Plebeia droryana é uma abelha social, pertencente à subfamília dos meliponíneos. É conhecida popularmente como Mirim Droryana.
A Plebeia droryana, também chamada de mirim mosquito, mirim, droryana. É uma abelha social sem ferrão, da subfamilia Meliponinae e tribo trigonini de ampla distribuição no Brasil.

Características Principais
É uma abelha relativamente pequena, com cerca de 3 a 4 mm de comprimento. Apresenta uma mancha amarela em forma de gota na parte frontal da cabeça. Seu tórax é de cor preta e seu contorno tem listras e dois pontos amarelos. Suas pernas são alaranjadas, assim como o abdômen que tem listras marrons.
Essa espécie tem o hábito de nidificar em fendas de árvores, ocos, buracos nas rochas, muros, desde que sejam do tamanho apropriado para o seu ninho e ao abrigo do sol. O ninho da Mirim é construído com própolis e cerume, de coloração marrom claro. A entrada do ninho possui cerca de 1cm, a qual permanece aberta durante a noite. Se o ninho estiver em local escuro, o pito será maior e direcionado para a claridade. Frequentemente poderá haver duas entradas em um mesmo pito, uma menor e outra maior (a entrada principal), possibilitando a passagem de 3 abelhas por vez.
Sua população é grande, em torno de 2 a 5 mil abelhas por colméia. Os discos de cria são horizontais ou helicoidais com invólucro presente. Essa espécie apresenta diapausa, ou seja, cessa a oviposição na época de inverno.
Regiões de Ocorrência
A Plebeia droryana tem um distribuição uma grande distribuição no Brasil, nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Mel de Abelha Mirim
O mel da abelha mirim pode ter características específicas, como alta acidez e propriedades farmacológicas.
Harmonização
O mel de abelha mirim Plebeia droryana é muito utilizado na alta gastronomia por ser bastante ácido.

MELIPONÁRIO
Jataí
Tetragonisca angustula
Abelha rústica e resistente, a Plebeia droryana é uma abelha social, pertencente à subfamília dos meliponíneos. É conhecida popularmente como Mirim Droryana.
A Plebeia droryana, também chamada de mirim mosquito, mirim, droryana. É uma abelha social sem ferrão, da subfamilia Meliponinae e tribo trigonini de ampla distribuição no Brasil.
Características Principais
A abelha jataí é pequena, dourada e tem os olhos esverdeados. É uma abelha sem ferrão de pequeno porte (5mm), muito comum em vários habitats incluindo cidades. Suas colônias podem apresentar de 2.000 a 5.000 indivíduos. Uma das características é o tubo de entrada construído de cera. A forma de construção é para defender a colônia. Constroem seus ninhos em qualquer buraco de muros, tijolos e árvores, e estes ninhos podem ser encontrados por mais de 35 anos no mesmo local.
Por suas propriedades medicinais, é indicado no tratamento de resfriado, bronquite e glaucoma. Além de ser bactericida e atuar na cicatrização de feridas. Como todos os apídeos, as jataís possuem uma sociedade organizada dividida em: operárias, zangões e rainha.
Visitam um grande número de plantas para encontrar comida. As abelhas sem ferrão em geral são muito importantes na polinização de 30 a 80% das plantas em seus biomas, e a jataí é uma das abelhas sem ferrão mais difundidas na América do Sul.
Regiões de Ocorrência
A Jataí é uma abelha nativa do Brasil, mas a ocorrência da espécie é amplamente distribuída na América do Sul e América Central, podendo ser encontrada desde o Rio Grande do Sul até o território Mexicano. A região sudeste do Brasil possui uma grande incidência da espécie.
Mel de Jataí
O mel da Jataí é de cor amarelo claro, com textura fina e mais líquida, sem grânulos, e sabor levemente ácido com notas amadeiradas.
Harmonização
O mel de Jataí harmoniza bem com queijos, saladas e outros pratos frescos. Algumas combinações que se destacam são: queijo Minas, queijo coalho, queijo alpino, queijo Boursin, queijo de cabra.
MELIPONÁRIO
Uruçu Amarela
Melipona rufiventris
A Uruçu Amarela, também conhecida como Bugia, é uma espécie da família Apidae e do gênero Melipona, encontrada em diferentes estados do Brasil. Popular entre meliponicultores, é reconhecida por sua produção pacífica de mel, valorizado no mercado nacional devido ao seu sabor exclusivo. Contudo, sua ocorrência natural tem diminuído, e muitos criadores a mantêm para preservação.

Características Principais
É considerada uma espécie mansa e de tamanho grande, com cerca de 11 a 13mm. Apresenta uma coloração amarelo-ouro e possui o corpo coberto por pelos ferrugíneos/amarelados. Ela é muito parecida com a Tujuba (Melipona rufiventris), nativa do Cerrado, e uma das principais formas de distingui-las é observar as pernas traseiras: na Bugia, elas são amarelas, da mesma cor do corpo, enquanto na Tujuba são notavelmente mais escuras, sendo também conhecida como "pata-preta".
Além de ser uma excelente produtora de mel e pólen, a Bugia desempenha um papel crucial como polinizadora para diversas espécies vegetais. Sua capacidade de forrageio em uma ampla variedade de plantas facilita seu desenvolvimento em várias regiões, especialmente na Floresta Ombrófila Densa, seu principal habitat.
São abelhas sociais, divididas em operárias, zangões e rainha. Seu ciclo completo de desenvolvimento leva cerca de 38 dias, incluindo fases embrionárias, larvais e pupais. Uma vez adulta, uma abelha Bugia vive entre 40 e 52 dias. Suas colônias, com 3.000 a 5.000 indivíduos, são consideradas populosas para o gênero. Elas preferem nidificar em ocos de árvores grandes, com entradas características, feitas principalmente de barro e resinas vegetais avermelhadas.
Assim como outras abelhas do gênero Melipona, as Bugias mantêm uma abelha guarda para proteger a entrada da colônia contra predadores e invasores.
Regiões de Ocorrência
A Bugia é uma espécie endêmica da Mata Atlântica e tende a habitar locais mais úmidos. Essas abelhas podem ser encontradas desde o Rio Grande do Sul até a Bahia, sendo mais comuns em áreas litorâneas, onde o clima quente e úmido favorece seu desenvolvimento. É importante notar que, embora a literatura cite sua presença no Rio Grande do Sul, essa espécie foi vista com mais frequência a partir de Santa Catarina, concentrando-se em regiões costeiras e montanhosas próximas a Criciúma.
Mel de Uruçu-Amarela
Alta acidez, dulçor médio, corpo leve e marcante. Rústico, com alta fermentação e sensação alcoólica que remete a licor.
Harmonização
Combina bem com queijos leves e pratos da alta culinária, sendo um mel ideal para uso na coquetelaria.

MELIPONÁRIO
Tubuna
Scaptotrigona bipunctata
A abelha Tubuna faz parte do grupo das Trigoniformes. Suas colmeias podem ser encontradas em ocos de árvores grossas, e seu ninho tem uma entrada bastante característica, em forma de trombeta escura, com várias abelhas guardas, facilitando sua identificação.
Características Principais
A Tubuna tem coloração negra e brilhante, com asas escuras e abdômen negro, geralmente com dois pontos prateados ou uma listra prateada. Seus discos de cria são grandes, chegando a até 16 cm de diâmetro, construídos horizontal ou helicoidalmente, com células de cria presentes. As colônias podem ser populares, variando de 2.000 a 50.000 abelhas. Elas são sociais, divididas em operárias, zangões e rainha, com um ciclo de desenvolvimento de aproximadamente 38 dias, divididos entre fase embrionária, larval e pupal, vivendo, então, entre 40 e 52 dias na fase adulta.
Regiões de Ocorrência
É encontrada principalmente na região sul e sudeste do Brasil, nos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina. Há registros também da presença dessa espécie em estados como Acre, Ceará, Maranhão e Pará, conforme catálogo de abelhas Moure. Além do Brasil, relatos apontam a presença da Tubuna no Paraguai, Peru (especificamente em Huanuco) e Bolívia (em La Paz e Santa Cruz).
Mel de Tubuna
É considerado um dos méis mais apreciados pelos consumi-dores. Apresenta um aroma um pouco mais acentuado, trazendo uma doçura agridoce sem ser excessiva. Seu sabor varia de acordo com as flores, proporcionando uma experiência singular a cada degustação.
Harmonização
É ideal para a finalização de pratos doces e para acompanhar saladas.
MELIPONÁRIO
Mandaçaia
Melipona quadrifasciata
É uma das abelhas nativas sem ferrão do Brasil, reconhecida por sua importância ecológica e pela produção de um mel raro e muito apreciado.
Seu nome, de origem indígena, significa "vigia bonita", refletindo a entrada característica de seus ninhos. Essa espécie desempenha um papel essencial na polinização, contribuindo diretamente para o equilíbrio dos ecossistemas e para a sustentabilidade ambiental. Também é conhecida pelos nomes de amanaçaí, amanaçaia, manaçaia e mandaçaia-grande.

Características Principais
A espécie mede de 10 mm a 11 mm, com cabeça e tórax pretos, abdome com faixas amarelas e asas ferrugíneas. Seus ninhos, grandes e capazes de armazenar vários litros de mel, são construídos em cavidades existentes nos troncos ou galhos das árvores. A entrada é feita de geoprópolis, uma mistura de barro e resinas vegetais, utilizada para proteger a colônia, composta por cerca de 300 a 500 abelhas, o que a diferencia da Apis mellifera, que forma colônias muito maiores.
Regiões de Ocorrência
A Mandaçaia está distribuída ao longo da Costa Atlântica, do Norte ao Sul do Brasil. A Mandaçaia MQQ é maior e mais robusta, com excelente controle de temperatura corporal, por isso, é comumente encontrada em regiões como São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Mel de Mandaçaia
Baixa doçura e alta fermentação. Mel claro, menos viscoso, com toque cítrico e propriedades antimicrobianas.
Harmonização
A combinação de abacaxis grelhados com mel de Mandaçaia, raspas de limão e folhas de hortelã é deliciosa. Ideal para intensificar o sabor de saladas, drinks e diversos pratos, trazendo um toque sofisticado e único.

MELIPONÁRIO
Manduri
Melipona marginata
A Manduri é uma abelha social indígena do gênero Melipona, da subfamília dos meliponíneos, também conhecida pelos nomes de Guarapu-Miúdo, Taipeira, Tiúba-Preta e Uruçu-Mirim. São vistas como as mais primitivas geneticamente, com um genoma bifatorial, ao contrário da maioria que tem genoma trifatorial. Organizadas em operárias, zangões e rainha, seu ciclo de desenvolvimento completo é de aproximadamente 38 dias, com uma vida adulta entre 40 e 52 dias.
Características Principais
Consideradas entre as menores abelhas do gênero, as operárias de Manduri possuem em média 6 a 7 mm de comprimento, geralmente com coloração negra e faixas amarelas onduladas no abdômen. Suas colônias são menos populosas, com cerca de 300 indivíduos. Os ninhos dessas abelhas são de difícil localização devido à entrada pequena, que só permite a passagem de uma abelha e, às vezes, possui raias feitas de barro, lembrando a entrada de outras espécies como a Mandaçaia e Uruçu.
Regiões de Ocorrência
É encontrada principalmente na região sul do Brasil, abrangendo Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, podendo também ser encontrada no estado do Mato Grosso.
Mel de Tubuna
Possui um sabor altamente doce, é bastante aromático, apresenta corpo médio, baixa fermentação e lembra o paladar da uva verde.
Harmonização
Ideal para acompanhar iogurtes, queijos leves e como
finalização em pratos doces.